Antes de tudo, acho uma puta perda de tempo ficar escrevendo essas notas de respostas toda vez que alguém vem com historinhas idiotas pro meu lado. E segundo, faço-o apenas por que estou cansado de gente vindo achar que sou algum trambiqueiro. Cara, é foda ler as pessoas falando merda sobre mim sem ao menos se dirigir a mim, saber minha história, o que passei, o que pretendo.
Em relação ao Pulp Brazil, houve um número considerável de pessoas que vieram até mim com reclamações justificáveis e aceitáveis, contudo no momento que me caluniaram, ofenderam meu caráter, senti-me no direito de me defender. Tudo bem que o edital tem umas falhas (que estou procurando corrigi-las a tempo e que seja viável a ambos os lados, autores e editora, além dos leitores), mas agora achar que estou enganando alguém, querendo me apossar do dinheiro que lhes é de direito. Ah! Vamos falar sério!
Para quem interessa, inicialmente a antologia ia ser paga, mas assim que meus amigos reclamaram, busquei editoras, achando uma que aceitou o projeto; como garantia, garanti arcar com a capa e as ilustrações. E acredite, uma brincadeira bem salgada para um cara que ganha o salário de sua função e tem contas a pagar. Quase mil reais; e tudo para que os autores participantes não tivessem nenhum custo.
Quando publiquei Zarak, o Monstrinho, tive de desembolsar quantia parecida e o fiz sem hesitar muito. Quase me ferrei nisso, pois as vendas dos livros não cobriram nem a metade das despesas, e acabei dando ou vendendo a custo baixo os exemplares. Não houve lançamento, apoio do governo municipal (o qual procurei algumas vezes e tive momentos decepcionantes e traumatizantes), nada, apenas um jovem na luta para mostrar a uma cidade hipócrita que há um escritor.
Anteriormente, num episódio amargo de minha curta carreira literária, fui acusado injustamente de plágio pelo simples fato de a capa de Ariane, a ser lançado em 2012, ser igual a de outro livro, assim como o título. Porra! Ninguém nem leu o livro para me acusar com decência! Meu livro, que “plagiei”, foi escrito em 2007, o outro surgiu bom tempo depois, pouco depois de ter sido registrado na Biblioteca Nacional! Isso resultou numa mudança de capa (que ficou melhor que a anterior).
Também sofri golpes terríveis, alguns dos quais me tiraram a vontade de querer publicar algo. Sei como é. Vi editoras surgirem com promessas e desaparecem em sombras, afundadas em mentiras e ilusões; vi mais e mais golpes serem montados e pessoas, assim como eu, caindo. Isso, tenha certeza, tira o ânimo de qualquer escrevinhador com tendência suicida e depressiva. E ainda assim continuei, embora mais e mais a caminhada se mostrava íngreme.
Mas, voltando ao tema desta nota, que é o Pulp Brazil, eu deixo aqui registrado minha ausência em qualquer assunto que tange a direitos autorais. Não preciso deles para ser mais ou menos escritor; preciso apenas de meu nome lá, em qualquer parte da antologia, pois, como apontou um amigo, uma coletânea, seja de contos ou poesias, é uma vitrine num enorme shopping, lugar que poucos notarão, a menos que haja união. E o que para muitos é uma antologia qualquer para mim é um sonho que gostaria de compartilhar.
Estarei vendo soluções viáveis para os assuntos e falhas que me apontaram (sobretudo por um autor que comecei a ler numa revista de RPG que até hoje não me perdoo de ter perdido e que apenas este ano reencontrei pelas redes sociais da vida). Não havendo possibilidade, ou prossigo com quem se interessar, ou a cancelo e peço desculpas a quem acreditou nela, agradecendo também pela confiança depositada.
Aqui concluo esta nota, deixando aberto o espaço para qualquer comentário.
Sem mais,
Alex Silva Dias.